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quarta-feira, 4 de março de 2015







Os leves passos de uma bailarina revelam a delicadeza de uma mulher que dança sobre o vento, e com gestos suaves e bem armados desvenda os mistérios de uma canção que nem mesmo o tempo ousou revelar.

Gustavo Nascimento

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Fevereiro








A ventania veio com delicadeza de névoa,
indistinta em como os anos haviam sido...
Mas ela tinha tanto amor em seus passos,
e tinha tantas flores na orla do seu vestido! 
Só que o orvalho do jardim não resistira,
e caiu triste com ânimo de um moribundo. 
A ventania derrubou o orvalho triste...
E ele era a pequena lágrima do mundo.

Clebson Moura Leal

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015







Há dias em que o sol
tem cor diferente
A brisa cheira a flores
Cantiga de amores
Há dias em que tua voz chega
com o vento
Despertando o sonho azul
que dormia
calmamente.

Arnalda Rabelo

Eis Que Desponta o Sol






Eis que desponta o sol
aquecendo o vento frio e inerte da aurora.
As vozes da alva soam como música
Lindamente inebria o orvalho de cores furta-cor
despertando o dia que se eterniza neste instante
As margaridas brancas do meu jardim sorriem
Até os lírios na do vale... Estes também não param de sorrir!
Este é o dia!

Arnalda Rabelo

Sonho Azul







Há dias em que o sol
tem cor diferente...
A brisa cheira a flores
Cantiga de amores
Há dias em que tua voz chega
com o vento
despertando o sonho azul
que dormia
calmamente.

Arnalda Rabelo

Além do Jardim










Além do jardim
moram os sonhos adormecidos
Os pássaros engaiolados
Os golfinhos enamorados que ainda não se encontraram
A flor, o beija-flor
A abelha, o mel
Além do jardim moram os sonhos de cor doce
Os azuis, os lilases, os prateados.
A ventania do outono os levou junto às folhas secas
Soprou como quem varre um jardim
de acácias cor de rosa que ainda não desabrocharam
Quantos sonhos estão lá! Ávidos por viver!
Fazem acordes, tocam flautas
enquanto esperam que os
ventos perfumados da primavera passem por lá
e os façam acontecer...
Além do jardim...

Arnalda Rabelo.

Flores eternas







Sopram os ventos
Balançam as flores
A poesia que inunda
minha vida
Não cala
Não morre
Busco flores do alto
Colho frutos dos céus
Especiarias e aromas
Eternos favos de mel.

Arnalda Rabelo

Leveza







A vida necessita de leveza...
Algumas vezes é necessário que sejamos
totalmente leves.
Leves como a pluma.
Porém, na maioria das vezes é imprescindível
que sejamos fortes
Fortes como a rocha
Visionários como a Águia
E termos passos de valentia.
Se assim não for, é bem provável
que sejamos engolidos
pela sutileza dos ares contrários
e pela força da ventania.

Arnalda Rabelo

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015






""Sonhe com as estrelas,""
apenas sonhe,
elas só podem brilhar no céu.
Não tente deter o vento,
ele precisa correr por toda parte,
ele tem pressa de chegar, sabe-se lá aonde.
...
Fernando Pessoa

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015







Corro atrás dos sopros de Zéfiro para me distrair.
Mas, meu coração só aspira ao rosto daquele que deu seu perfume aos ventos.

Literatura Árabe

domingo, 1 de fevereiro de 2015






Corro atrás dos sopros de Zéfiro para me distrair.
Mas, meu coração só aspira ao rosto daquele que deu seu perfume aos ventos.

Literatura Árabe

terça-feira, 27 de janeiro de 2015





Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento.

Érico Veríssimo





moinho de versos
movido a vento
em noites de boémia
vai vir o dia
quando tudo que eu diga
seja poesia

Paulo Leminski

sábado, 24 de janeiro de 2015






Um girassol no fim de tarde,
uma menina que corre com o cabelo ao vento,
o sol que se despede no horizonte,
cheiro de eucalipto no ar...
Tudo é poesia no ocaso.

Rosicarmen Xavier

domingo, 18 de janeiro de 2015






Ventos agustinos penteiam as guarirobas.
A rede balouça meus signos ressaqueados.
E segue o domingo
magro de deleites.

Raniere Gonçalves

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Romantismo







Quem tivesse um amor, nesta noite de lua,
para pensar um belo pensamento
e pousá-lo no vento!...
Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível -
para se ver chorando, e gostar de chorar,
e adormecer de lágrimas e luar!
Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,
partisse por nuvens, dormente e acordado,
levitando apenas, pelo amor levado...
Quem tivesse um amor, sem dúvida nem mácula,
sem antes nem depois: verdade e alegoria...
Ah! Quem tivesse... (Mas quem tem? Quem teria?)


Cecília Meireles

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Improviso do Amor-Perfeito






Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.
Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estás, Amor-Perfeito ?
Imensos jardins da insônia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.
Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estás, Amor-Perfeito ?
Longe, longe, atrás do oceano
que nos meus olhos se alteia,
entre pálpebras de areia...
Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.

Cecília Meireles

quinta-feira, 20 de novembro de 2014






E todos somos pura flor de vento.

Cecília Meireles

segunda-feira, 22 de setembro de 2014






flores ao vento
na cortina da janela
cores da primavera

Alonso Alvarez

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Valsa






Fez tanto luar que eu pensei em teus olhos antigos
e nas tuas antigas palavras.
O vento trouxe de longe tantos lugares em que estivemos
que tornei a viver contigo enquanto o vento passava.

Houve uma noite que cintilou sobre o teu rosto
e modelou tua voz entre as algas.

Eu moro, desde então, nas pedras frias que o céu protege
e estudo apenas o ar e as águas.

Coitado de quem pôs sua esperança
nas praias fora do mundo...

- Os ares fogem, viram-se as água,
mesmo as pedras, com o tempo, mudam.

Cecília Meireles