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sábado, 24 de janeiro de 2015






Era um fim de tarde, digamos que lindo
O sol aos poucos descia sumindo
Era um fim de tarde, definitivamente lindo
Um fim de tarde de domingo.

Marcus Patrick Pens

domingo, 18 de janeiro de 2015






Ventos agustinos penteiam as guarirobas.
A rede balouça meus signos ressaqueados.
E segue o domingo
magro de deleites.

Raniere Gonçalves

domingo, 19 de outubro de 2014






Era um domingo tépido,
Sem apetrechos nem delongas,
Mas o sol, ah, o sol,
O sol se fez presente
E todos abriram janelas.

Antonio Cabral Filho

domingo, 7 de setembro de 2014

Poema de Domingo









Aos domingos as ruas estão desertas
e parecem mais largas.
Ausentaram-se os homens à procura
de outros novos cansaços que os descansem.
Seu livre arbítrio alegremente os força
a fazerem o mesmo que fizeram
os outros que foram fazer o que eles fazem.
E assim as ruas ficaram mais largas,
o ar mais limpo, o sol mais descoberto.
Ficaram os bêbados com mais espaço para trocarem as pernas
e espetarem o ventre e alargarem os braços
no amplexo de amor que só eles conhecem.
O olhar aberto às largas perspectivas
difunde-se e trespassa
os sucessivos, transparentes planos.

Um cão vadio sem pressas e sem medos
fareja o contentor tombado no passeio.

É domingo.
E aos domingos as árvores crescem na cidade,
e os pássaros, julgando-se no campo, desfazem-se a cantar empoleirados nelas.
Tudo volta ao princípio.
E ao princípio o lixo do contentor cheira ao estrume das vacas
e o asfalto da rua corre sem sobressaltos por entre as pedras
levando consigo a imagem das flores amarelas do tojo,
enquanto o transeunte,
no deslumbramento do encontro inesperado,
eleva a mão e acena
para o passeio fronteiro onde não vai ninguém.


  Antônio Gedeão




 
Era um domingo tépido,
Sem apetrechos nem delongas,
Mas o sol, ah, o sol,
O sol se fez presente
E todos abriram janelas.

Antonio Cabral Filho

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014



A divagação é o domingo do pensamento.
Henri Amiel

sábado, 2 de março de 2013




Reluto em ir dormir nas madrugadas de domingo para segunda... Parece que vou matar o personagem feliz que criei durante o final de semana...

Marcelo Soriano



A parte mais bonita do domingo é a silenciosa manhã.

Adriano Soares



Manhã de domingo: apassarinhei-me... Alegria é brincar nas poças de sol.
M. M. Soriano

domingo, 2 de dezembro de 2012

Domingo





Domingo... Os sinos repicam
Na igreja, constantemente,
E todas as ruas ficam
Alegres, cheias de gente.

Todo um dia de ventura...
Como o domingo seduz!
O homem, cansado, procura
Ter paz, ter ar, e ter luz.

Paradas e sem trabalho,
Dormem na roça as enxadas;
Dormem a bigorna e o malho
Nas oficinas fechadas.

Também, meninos cansados,
Os vossos livros deixai!
Deixai lições e ditados!
Dormi! Sorri! Cantai!

Fechem-se as aulas! e o bando
Ruidoso das criancinhas
Livre se espalhe, voando,
Como um bando de andorinhas!

Deus, quando o mundo fazia,
Sete dias trabalhou,
E ao fim do sétimo dia
Do trabalho descansou... 


Olavo Bilac

quinta-feira, 4 de outubro de 2012




Alguns guardam o Domingo indo à igreja
Eu o guardo ficando em casa
Tendo um sabiá como cantor
E um pomar por santuário.
Alguns guardam o Domingo em vestes brancas
Mas eu só uso minhas asas
E ao invés do repicar dos sinos na igreja
nosso pássaro canta na palmeira.
É Deus que está pregando, pregador admirável
E o seu sermão é sempre curto.
Assim, ao invés de chegar ao Céu, só no final
eu o encontro o tempo todo no quintal.

Emily Dickinson
tradução de Manuel Bandeira

domingo, 30 de setembro de 2012




 

"Desejo a você: '...Namoro no portão, Domingo sem chuva, Segunda sem mau humor, Sábado com seu amor..."
Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Poema que Aconteceu
















Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.

A mão que escreve este poema
não sabe o que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 15 de janeiro de 2012

















Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.
Caio F. Abreu

sábado, 24 de dezembro de 2011























Segunda-feira é mais difícil porque é sempre a tentativa do começo de vida nova. Façamos cada domingo de noite um reveillon modesto, pois se meia noite de domingo não é começo de Ano Novo é começo de semana nova, o que significa fazer planos e fabricar sonhos.
Clarice Lispector

sábado, 30 de abril de 2011


















Amanhã...
É domingo.
E aos domingos as árvores crescem na cidade,
e os pássaros, julgando-se no campo, desfazem-se a cantar empoleirados
nelas.
Tudo volta ao princípio.

António Gedeão

domingo, 23 de janeiro de 2011

Pedro





















"Pedro é um nome que a gente conhece em muitas línguas:
Pedro, Pierre, Pietro, Peter, Pether, Petrus.
Pedro pintou, um dia, em alguma parte do mundo, o retrato
de uma borboleta.
O papel tinha o tamanho de sua intenção.
As cores, as de seu desejo.
Pintou ainda, sobre o papel, flores para a borboleta se esconder
e galhos para descansar.
É mesmo fácil imaginar sua pintura ou faze-la, mas a
conseqüência não foi tão simples.
É melhor saber toda a história.
Pierre acordou com o coração cheio de domingo.
Domingo é dia em que a gente não quer nada e por isso
acontece quase tudo.
Não era domingo, mas ele se sentia em paz com o mundo.
Nesse dia ele viu o vôo de uma borboleta (vôo de borboleta
pode transformar qualquer dia em domingo)."

Bartolomeu Campos Queiroz.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Pequena elegia chamada domingo


















O domingo era uma coisa pequena.
Uma coisa tão pequena
que cabia inteirinha nos teus olhos.
Nas tuas mãos
estavam os montes e os rios
e as nuvens. Mas as rosas,
as rosas estavam na tua boca.

Hoje os montes e os rios
e as nuvens não vêm nas tuas mãos.
(Se ao menos elas viessem
sem montes e sem nuvens
e sem rios ...)
O domingo está apenas nos meus olhos
e é grande.
Os montes estão distantes e ocultam
os rios e as nuvens
e as rosas.

Eugénio de Andrade