terça-feira, 3 de julho de 2012




Junho é um grasnar solitário,
é uma gralha
que ao colo da araucária retorna.
As garras da ave
soltam as sementes
que meus olhos em silêncio
recolhem.

Mistérios fundos vão cedendo,
vão abrindo inflorescências
na memória tenra de tarde.

Fernando Campanella

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