"Doçura é a maestria dos sentidos.
Olhos que vêem o fundo das coisas, ouvidos que escutam o coração das coisas, lábios que só falam a essência das coisas.
Doçura é o resultado de uma longa jornada interior ao âmago da vida e a habilidade de lá descansar e assistir.
O que é realmente doce nunca pode ser vítima do tempo, Porque doçura é a qualidade da pessoa cuja vida tocou a eternidade."
Brahma Kumaris
sábado, 31 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
”Sonhe, ainda que o sonho pareça impossível
Lute, ainda que o inimigo pareça invencível
Corra por onde o corajoso não ousa ir
Transforme o mal em bem, ainda que seja necessário caminhar mil milhas
Ame o puro e o inocente, ainda que seja inexistente
Resista, ainda que o corpo não resista mais
E ao final, alcance aquela estrela, ainda que pareça inalcançável“.
Daisaku Ikeda
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
A todo momento, passamos por experiências e somos levados a fazer escolhas, sem conhecer o futuro. A tendência é ficar com o que parece "lógico", fugindo das revoluções. Mas justamente aquilo que parece difícil, ou até impossível, é o que nos faz sentir mais vivos. E o que seria da vida sem os riscos? Por isso eu mergulho. Sou uma escafandrista até o fim. Muitas vezes, no fundo, vejo estrelas do mar que jamais se revelariam num mundo de superfícies.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Os sete pecados capitais
Certo dia, um casal ao chegar do trabalho encontrou algumas pessoas dentro de sua casa.
Achando que eram ladrões, marido e mulher ficaram assustados, mas um homem
forte e saudável, com corpo de halterofilista disse:
- Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.
- Mas quem são vocês? - pergunta a mulher.
- Eu sou a preguiça - responde o homem másculo.
- Estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente
da vida de vocês.
Como pode você ser a preguiça se tem um corpo de atleta que vive malhando
e praticando esportes? - indagou a mulher.
A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos.
Com ela, ninguém pode chegar a ser um vencedor.
Uma mulher velha curvada, com a pele muito enrugada, que mais parecia uma bruxa diz:
- Eu, meus filhos, sou a luxúria.
- Não é possível! - diz o homem
- Você não pode atrair ninguém com essa feiúra.
- Não há feiúra para a luxúria, queridos. Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens. Sou capaz de destruir famílias inteiras,
perverter crianças e trazer doenças para todos, até a morte.
Sou astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher.
E um mau-cheiroso homem, vestindo roupas maltrapilhas, que mais parecia um mendigo, diz: - Eu sou a cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos abandonaram famílias e pátria.
Sou tão antigo quanto a luxúria, mas eu não dependo dela para existir.
- E eu, sou a gula, diz uma lindíssima mulher com um corpo escultural e cintura finíssima.
Seus contornos eram perfeitos, e tudo no corpo dela tinha harmonia de forma e movimentos. Assustam-se os donos da casa, e a mulher diz: - Sempre imaginei que a gula seria gorda.
- Isso é o que vocês pensam! - responde ela.
- Sou bela e atraente, porque se assim não fosse, seria muito fácil livrarem-se de mim.
Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem tem a mim não se apercebe, mostro-me sempre disposta a ajudar na busca da luxúria.
Sentado em uma cadeira num canto da casa, um senhor, também velho, mas com o semblante bastante sereno, com voz doce e movimentos suaves, diz:
- Eu sou a ira. Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios também.
- Não sou homem, nem mulher, assim como meus companheiros que estão aqui.
- Ira? Parece mais o vovô que todos gostariam de ter! - diz a dona da casa.
- E a grande maioria me tem! - responde o vovô.
- Matam com crueldade, provocam brigas horríveis e destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Pareço calmo e sereno para mostrar-lhes que a Ira pode estar no aparentemente manso.
Posso também ficar contido no íntimo das pessoas sem me manifestar,
provocando úlceras, câncer e as mais temíveis doenças.
- Eu sou a inveja. Faço parte da história do homem desde a sua criação - diz uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa.
- Como inveja, se é rica e bonita e parece ter tudo o que deseja?- diz a mulher da casa.
- Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou entre todos.
A inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade.
Felicidade depende de amor, e isso é o que de mais carece a humanidade...
Onde eu estou, está também a tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto, que aparentava cerca de cinco a seis anos, brincava pela casa. Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças, sua face de delicados traços mostravam a plenitude da jovialidade, olhos vívidos...
- E você, garoto, o que faz junto a esses que parecem ser a personificação do mal?
O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo: - Eu sou o orgulho.
- Orgulho? Mas você é apenas uma criança! Tão inocente como todas as outras.
O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assustou o casal, e ele então diz:
- O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas
não se enganem, sou tão destrutível quanto todos aqui, quer brincar comigo?
A preguiça interrompe a conversa e diz:
- Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas.
Queremos uma resposta. O homem da casa responde:
- Por favor, dêem dez minutos para que possamos pensar.
O casal se dirige para seu quarto e lá fazem várias considerações.
Dez minutos depois retornam. - E então? - pergunta a gula.
- Queremos que o orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali.
Porém, respeitando a decisão dirige-se para a saída. Os outros, em silêncio,
iam acompanhando o garoto quando o homem da casa pergunta:
- Ei! Vocês vão embora também?
O Menino, agora com ar severo e com a voz forte de um orador experiente, diz:
- Escolheram que o orgulho saísse de suas vidas e fizeram a melhor escolha.
P O R Q U E:
Onde não há orgulho, não há preguiça pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham
de nada fazerem para viver, não percebendo que na verdade vegetam.
Onde não há orgulho, não há luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos
e julgam-se merecedores.
Onde não há orgulho, não há cobiça pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas
que possuem, juntando tesouros na terra e invejando a
felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos do dinheiro.
Onde não há orgulho, não há gula, pois os gulosos se orgulham de suas condições e
jamais admitem que o são, arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo
que na verdade são marionetes dos desejos.
Onde não há orgulho, não há ira, pois os irosos com facilidade destroem aqueles que,
segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que na verdade
sua ira é resultado de suas próprias imperfeições.
Onde não há orgulho, não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem
o sucesso alheio seja ele qual for; precisam constantemente superar os demais nas
conquistas, não percebendo que na verdade são ferramentas da insegurança.
Saíram todos sem olhar para trás e, ao baterem a porta, um fulminante raio de luz invadiu o recinto.
(desconheço a autoria)
Achando que eram ladrões, marido e mulher ficaram assustados, mas um homem
forte e saudável, com corpo de halterofilista disse:
- Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.
- Mas quem são vocês? - pergunta a mulher.
- Eu sou a preguiça - responde o homem másculo.
- Estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente
da vida de vocês.
Como pode você ser a preguiça se tem um corpo de atleta que vive malhando
e praticando esportes? - indagou a mulher.
A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos.
Com ela, ninguém pode chegar a ser um vencedor.
Uma mulher velha curvada, com a pele muito enrugada, que mais parecia uma bruxa diz:
- Eu, meus filhos, sou a luxúria.
- Não é possível! - diz o homem
- Você não pode atrair ninguém com essa feiúra.
- Não há feiúra para a luxúria, queridos. Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens. Sou capaz de destruir famílias inteiras,
perverter crianças e trazer doenças para todos, até a morte.
Sou astuta e posso me disfarçar na mais bela mulher.
E um mau-cheiroso homem, vestindo roupas maltrapilhas, que mais parecia um mendigo, diz: - Eu sou a cobiça, por mim muitos já mataram, por mim muitos abandonaram famílias e pátria.
Sou tão antigo quanto a luxúria, mas eu não dependo dela para existir.
- E eu, sou a gula, diz uma lindíssima mulher com um corpo escultural e cintura finíssima.
Seus contornos eram perfeitos, e tudo no corpo dela tinha harmonia de forma e movimentos. Assustam-se os donos da casa, e a mulher diz: - Sempre imaginei que a gula seria gorda.
- Isso é o que vocês pensam! - responde ela.
- Sou bela e atraente, porque se assim não fosse, seria muito fácil livrarem-se de mim.
Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta, quem tem a mim não se apercebe, mostro-me sempre disposta a ajudar na busca da luxúria.
Sentado em uma cadeira num canto da casa, um senhor, também velho, mas com o semblante bastante sereno, com voz doce e movimentos suaves, diz:
- Eu sou a ira. Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios também.
- Não sou homem, nem mulher, assim como meus companheiros que estão aqui.
- Ira? Parece mais o vovô que todos gostariam de ter! - diz a dona da casa.
- E a grande maioria me tem! - responde o vovô.
- Matam com crueldade, provocam brigas horríveis e destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim, posso estar em qualquer lugar e penetrar nas mais protegidas casas. Pareço calmo e sereno para mostrar-lhes que a Ira pode estar no aparentemente manso.
Posso também ficar contido no íntimo das pessoas sem me manifestar,
provocando úlceras, câncer e as mais temíveis doenças.
- Eu sou a inveja. Faço parte da história do homem desde a sua criação - diz uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano, assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa.
- Como inveja, se é rica e bonita e parece ter tudo o que deseja?- diz a mulher da casa.
- Há os que são ricos, os que são poderosos, os que são famosos e os que não são nada disso, mas eu estou entre todos.
A inveja surge pelo que não se tem e o que não se tem é a felicidade.
Felicidade depende de amor, e isso é o que de mais carece a humanidade...
Onde eu estou, está também a tristeza.
Enquanto os invasores se explicavam, um garoto, que aparentava cerca de cinco a seis anos, brincava pela casa. Sorridente e de aparência inocente, característica das crianças, sua face de delicados traços mostravam a plenitude da jovialidade, olhos vívidos...
- E você, garoto, o que faz junto a esses que parecem ser a personificação do mal?
O garoto responde com um sorriso largo e olhar profundo: - Eu sou o orgulho.
- Orgulho? Mas você é apenas uma criança! Tão inocente como todas as outras.
O semblante do garoto tomou um ar de seriedade que assustou o casal, e ele então diz:
- O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo, mas
não se enganem, sou tão destrutível quanto todos aqui, quer brincar comigo?
A preguiça interrompe a conversa e diz:
- Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas.
Queremos uma resposta. O homem da casa responde:
- Por favor, dêem dez minutos para que possamos pensar.
O casal se dirige para seu quarto e lá fazem várias considerações.
Dez minutos depois retornam. - E então? - pergunta a gula.
- Queremos que o orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali.
Porém, respeitando a decisão dirige-se para a saída. Os outros, em silêncio,
iam acompanhando o garoto quando o homem da casa pergunta:
- Ei! Vocês vão embora também?
O Menino, agora com ar severo e com a voz forte de um orador experiente, diz:
- Escolheram que o orgulho saísse de suas vidas e fizeram a melhor escolha.
P O R Q U E:
Onde não há orgulho, não há preguiça pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham
de nada fazerem para viver, não percebendo que na verdade vegetam.
Onde não há orgulho, não há luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos
e julgam-se merecedores.
Onde não há orgulho, não há cobiça pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas
que possuem, juntando tesouros na terra e invejando a
felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos do dinheiro.
Onde não há orgulho, não há gula, pois os gulosos se orgulham de suas condições e
jamais admitem que o são, arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo
que na verdade são marionetes dos desejos.
Onde não há orgulho, não há ira, pois os irosos com facilidade destroem aqueles que,
segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que na verdade
sua ira é resultado de suas próprias imperfeições.
Onde não há orgulho, não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem
o sucesso alheio seja ele qual for; precisam constantemente superar os demais nas
conquistas, não percebendo que na verdade são ferramentas da insegurança.
Saíram todos sem olhar para trás e, ao baterem a porta, um fulminante raio de luz invadiu o recinto.
(desconheço a autoria)
Curiosidades sobre o dia do casamento
Carregar a noiva no colo
Algumas tradições acreditam em mau agouro, se a noiva cair à entrada da casa.
Outras falam em azar se ela entrar com o pé esquerdo.
Se o noivo levá-la no colo, evita esses dissabores. Uma explicação alternativa para o fato é que os anglo-saxões costumavam roubar a noiva e carregá-la nas costas. É desse povo o costume de a noiva ficar do lado esquerdo do noivo. Como ele tinha medo do ataque de dragões e inimigos, deveria ter o braço livre para sacar a espada e proteger sua amada.
Buquê
Na Grécia e na Roma antigas, o alvo preferido das solteiras não era apenas flores, mas também ervas e temperos.
Alguns buquês eram feitos de alho para espantar os maus espíritos. As flores tinham significados próprios: a hera representava fidelidade; o lírio, a pureza; as rosas vermelhas, o amor; violetas, a modéstia; não-te-esqueças de mim, o amor verdadeiro.
Flores de laranja trariam fertilidade e alegria ao casal.
Aliança
O costume de usar aliança para honrar um contrato de casamento surgiu em Roma. Para os egípcios, representava a eternidade. Os gregos a faziam de ferro imantado, pois acreditavam que assim poderiam atrair o coração humano. Como tradição cristã, teria surgido no século XI, quando o anel era colocado no terceiro dedo da mão esquerda, pois acreditava-se que havia comunicação direta desse dedo com o coração por meio de uma veia. Representa fidelidade e a unidade perfeita, sem começo e sem fim.
Vestido de noiva
O primeiro vestido branco foi adotado pela Rainha Vitória, no século XIX, quando se casou com seu primo, o príncipe Albert. O pedido de casamento foi feito pela apaixonada noiva, já que homem algum poderia se atrever a fazer tal proposta a uma rainha. Na antiga China e na Idade Média as noivas cobriam-se de vermelho, pois era a cor do amor.
Véu
Os grego acreditavam que a noiva, ao cobrir o rosto, estava protegida do mau olhado das mulheres e da cobiça dos homens. Também tinha um significado especial para a mulher: separava a vida de solteira da de casada e futura mãe.
Grinalda
Distingue a noiva do resto dos convidados. É ainda símbolo de status e riqueza. Quanto mais luxuosa, mais poderosa é sua dona.
Bolo
Os romanos faziam bolos com farinha, sal e água. Eles costumavam partir uma fatia na cabeça da noiva para garantir sua fertilidade. Por volta do ano 1500, na Alemanha, os mestres confeiteiros começaram a fazer receitas de mais de 2 metros de altura cobertas com açúcar. As peças se tornaram em pouco tempo o centro das atenções nos banquetes. A França aprimorou a técnica, inventando bolos que imitavam templos, palácios e animais. Reparti-lo também representa o partilhar de uma vida comum.
Chuva de arroz
Há 4 mil anos, na China, o arroz era tido como símbolo de fartura e já era costume jogar alguns grãos sobre os noivos após a cerimônia. Conta-se que um poderoso mandarim quis mostrar sua riqueza e realizou o casamento de sua filha sob uma verdadeira chuva de arroz.
Chá de cozinha
Segundo uma lenda holandesa, um moleiro pobre era apaixonado por uma rica donzela. Para ajudá-lo, seus amigos se reuniram e ofereceram a eles itens para a nova casa. Assim nasceu o famoso chá de cozinha.
Lua-de-mel
Na antiga Roma, o povo espalhava gotas de mel na soleira da casa dos recém-casados. Entre os povos germanos, era costume casar na lua nova, e os noivos levavam uma mistura de água e mel para beber ao luar. Daí nasceu a expressão.
Beijo
Muitas culturas acreditavam que quando os casais se beijavam no final da cerimônia, suas almas também eram compartilhadas.
Cortar a gravata do noivo
É uma forma engraçada de levantar um dinheiro extra para os noivos. Padrinhos ou amigos vendem os pedacinhos da gravata em troca de uma pequena contribuição financeira.
Usar uma coisa velha, nova, emprestada e azul no dia da cerimônia
A tradição surgiu na época Vitoriana. Geralmente, a coisa velha é uma jóia de família, um lenço ou o véu da mãe ou da avó. A coisa nova - o vestido, serve para trazer sorte. A emprestada tem que pertencer a uma esposa feliz. A azul representa pureza e fidelidade.
Moeda no sapato da noiva
Esse antigo costume servia para acalmar a deusa Diana. Segundo crenças, ela ficava nervosa quando uma mulher perdia a virgindade. A moeda servia para lhe esfriar os ânimo.
De bem com a vida
Para estar de bem com a vida,
use esta receita.
Dentro do seu coração.
Coloque algumas colheres
bem cheia de Amor.
O quanto for necessário.
Acrescente
muitas pitadas de Carinho,
quanto mais, melhor
Coloque várias
gotas de sinceridade.
E complete tudo com
uma chuva de perdão e
compreensão.
Misture tudo muito bem.
Usar essa receita diariamente.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Poema Azul
domingo, 18 de janeiro de 2009
Nádia e as abelhas
Nádia, nua sob eucaliptos,
tenta ler os poemas de amor
que ganhou na noite anterior.
Antes de desdobrar as folhas amassadas,
os seus olhos são cobertos por abelhas.
Nádia, nua e teimosa,
insiste na tentativa de ler.
Esquiva-se e nem se percebe colméia futura.
Três dias depois, vestida de abelha,
Nádia não tem mais olhos, mãos,
língua de ler poemas.
Toda mel e asa, apenas imagina
um possível verso escrito por seu amado:
"bolha de sabão derrota o silêncio"
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Safra
Como um viticultor ocioso come
em pleno outono, uma por uma, as uvas
do cacho que ele viu nascer, pesar,
sob os olhos do sol e o próprio olhar;
e em que, mais demorando o paladar
na espera aberta entre o prazer e a fome,
já reconhece o gosto bom das chuvas
lavando os fornos do verão distante;
e, como uma saudade só, o sabor
da terra presa às mãos grossas de suor
— assim viver a vida, instante a instante.
Geir Campos
A vida precisa do vazio:
a lagarta dorme num vazio chamado casulo
até se transformar em borboleta.
A música precisa de um vazio chamado silêncio para ser ouvida.
Um poema precisa do vazio da folha de papel em branco para ser escrito.
E as pessoas, para serem belas e amadas,
precisam ter um vazio dentro delas.
A maioria acha o contrário;
pensa que o bom é ser cheio.
Essas são as pessoas que se acham cheias de verdades e sabedoria
e falam sem parar.
São umas chatas quando não são autoritárias.
Bonitas são as pessoas que falam pouco e sabem escutar.
A essas pessoas é fácil amar.
Elas estão cheias de vazio.
E é no vazio da distância que vive a saudade... .
Rubem Alves
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
Beijos com sabor de eternidade
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
MOUSSE DE MORANGO
RECEITA:
2-cxinhas de gelatina de morango
1-lata de leite condessado
2-cx de creme de leite
1-copo de agua
20-morangos frescos
Modo de fazer:
Ferva a água,dissolva as duas caixinhas de gelatina.
Coloque no liquidificador o leite condessado e o creme de leite.
Junte a gelatina e a metade dos morangos.
Bata tudo,despeje em uma forma untada com um pouquinho de óleo
Leve a geladeira por quatro horas.
Desenforme e enfeite com o restante dos morangos
BOM APETITE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
O Céu e o Ninho
És ao mesmo tempo o céu e o ninho.
Meu belo amigo, aqui no ninho,
o teu amor prende a alma
com mil cores,
cores e músicas.
Chega a manhã,
trazendo na mão a cesta de oiro,
com a grinalda da formosura,
para coroar a terra em silêncio!
Chega a noite pelas veredas não andadas
dos prados solitários,
já abandonados pelos rebanhos!
Traz, na sua bilha de oiro,
a fresca bebida da paz,
recolhida
no mar ocidental do descanso.
Mas onde o céu infinito se abre,
para que a alma possa voar,
reina a branca claridade imaculada.
Ali não há dia nem noite,
nem forma, nem cor,
nem sequer nunca, nunca,
uma palavra!
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões
Meu belo amigo, aqui no ninho,
o teu amor prende a alma
com mil cores,
cores e músicas.
Chega a manhã,
trazendo na mão a cesta de oiro,
com a grinalda da formosura,
para coroar a terra em silêncio!
Chega a noite pelas veredas não andadas
dos prados solitários,
já abandonados pelos rebanhos!
Traz, na sua bilha de oiro,
a fresca bebida da paz,
recolhida
no mar ocidental do descanso.
Mas onde o céu infinito se abre,
para que a alma possa voar,
reina a branca claridade imaculada.
Ali não há dia nem noite,
nem forma, nem cor,
nem sequer nunca, nunca,
uma palavra!
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
A história da formiguinha e a neve
- Oh, Sol, tu que és tão forte, derrete a neve e desprende meu pezinho... E o Sol, indiferente nas alturas, falou:
- Mais forte do que eu é o muro que me tapa! Olhando então para o muro, a formiguinha pediu:
- Oh, muro, tu que és tão forte, que tapas o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o muro que nada vê e muito pouco fala respondeu apenas:
- Mais forte do que eu é o rato que me rói! Voltando-se então para um ratinho que passava apressado, a formiguinha suplicou:
- Oh, rato, tu que és tão forte, que róis o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... Mas o rato, que também ia fugindo do frio, gritou de longe:
- Mais forte do que eu é o gato que me come! Já cansada, a formiguinha pediu ao gato:
- Oh, gato, tu que és tão forte, que comes o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o gato, sempre preguiçoso, disse bocejando:
- Mais forte do que eu é o cão que me persegue! Aflita e chorosa, a pobre formiguinha pediu ao cão:
- Oh, cão, tu que és tão forte, que persegues o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o cão, que ia correndo atrás de uma raposa, respondeu sem parar:
- Mais forte do que eu é o homem que me bate! Já quase sem forças, sentindo o coração
- Oh, homem, tu que és tão forte, que bates no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o homem, sempre preocupado com seu trabalho, Respondeu apenas:
- Mais forte do que eu é a morte que me mata! Trêmula de medo, olhando a morte que se aproximava, a pobre formiguinha suplicou:
- Oh, morte, tu que és tão forte, que matas o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E a morte, impassível, respondeu:
- Mais forte do que eu é Deus que me governa! Quase morrendo, a formiguinha rezou baixinho:
- Meu Deus, tu que és tão forte, que governas a morte, que mata o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E Deus, então, que ouve todas as preces, sorriu. Estendeu a mão por cima das montanhas e ordenou que viesse a primavera! No mesmo instante, a primavera desceu sobre a Terra, enchendo de flores os campos, enchendo de luz os caminhos! E, vendo a formiguinha quase morta, gelada pelo frio, tomou-a carinhosamente entre as mãos e levou-a para seu reino encantado, onde não há inverno, onde o Sol brilha sempre e onde os campos estão sempre cobertos de flores!
(JOÃO DE BARROS)
Sobre rosas, formigas, tamanduás...
O seu nome era Brasilino Jardim. Brasilino Jardim tinha jardim no nome e jardim no coração. Ele amava todas as coisas vivas, de plantas a urubus. A vida, para ele, era sagrada.
Brasilino Jardim não ia à igreja. As pessoas religiosas temiam por sua alma e se perguntavam: "Ele não sabe que é preciso ir à igreja para estar bem com Deus? Quem não está bem com Deus corre perigo! Deus castiga!"
Brasilino sorria um sorriso manso e perguntava: "Onde está dito, nas Sagradas Escrituras, que Deus fez uma igreja? Todo Poderoso, se quisesse igrejas teria feito igrejas. Todo Poderoso, ele fez o que queria. E o que é que ele fez? Plantou um jardim. E está dito que ele 'andava pelo jardim ao vento fresco da tarde!' Quando estou no jardim sei que estou andando no lugar que Deus ama. Deus ama a vida, o vento, o sol, a terra, a água — coisas que estão no jardim. Mas as igrejas são lugares fechados, abafados. Bichos e plantas não se sentem felizes lá dentro..."
Não freqüentava igrejas mas amava um santo: São Francisco. Porque São Francisco foi o homem que via Deus nas coisas da natureza. São Francisco amava tudo o que vivia e, segundo a lenda, as coisas que viviam o entendiam, tanto que ele pregava sermões aos peixes e aos pássaros. Freqüentemente os animais ouvem melhor que os seres humanos...
Foi então que o Brasilino Jardim resolveu plantar um jardim em homenagem a São Francisco. Teria de ser um lindo jardim, com um canteiro de rosas no meio. E assim foi. Vendo as folhas viçosas das roseiras, a primeira rosa que se abrira e os botões que se abririam no dia seguinte, Brasilino foi dormir contente.
Ao acordar pensou logo no jardim. Queria ver se os botões já estavam abertos. Mas, decepção! O que ele encontrou foi devastação. Durante a noite as formigas saúvas haviam cortado todas as folhas e todas as flores das roseiras. Brasilino ficou muito triste. Resolveu aconselhar-se com um vizinho que tinha um lindo canteiro de rosas floridas.
"O jeito é matar as formigas", disse o vizinho. "Formigas e jardins não combinam. Para as formigas jardins são hortas, coisas para serem comidas."
"Matar as formigas? De jeito nenhum. São criaturas de Deus, como todos nós. Se foi Deus quem as fez, elas têm o direito de viver. Formigas têm direitos..." E com essas palavras deixou o vizinho falando sozinho. "Onde já se viu matar as formigas? São criaturas de Deus. Tem de haver outro jeito..."
Pensou: "Se as formigas comeram as roseiras, comeram porque estavam com fome. Não foi por maldade. Se eu der comida às formigas elas deixarão de ter fome e não comerão as rosas".
Dito isso plantou, à volta do jardim de rosas, um anel de cenouras tenras e doces que seriam o deleite alimentar das formigas. Mas as formigas ignoraram as cenouras. Continuaram a comer as roseiras.
"Talvez elas não tenham entendido", ele pensou. "Não perceberam nem que as cenouras são deliciosas e nem que são para elas. Ainda não foram educadas. Se forem educadas para gostos mais refinados não comerão as rosas. Serei um educador de formigas."
E como sabia que a noite é o tempo preferido pelas formigas para cortar roseiras, Brasilino passou a dar aulas às formigas durante a noite, peripatéticamente, no seu jardim. Queria que as formigas aprendessem a gostar gastronomicamente de cenouras e plasticamente de rosas.
O vizinho ficou incomodado com aquele falatório noturno. Foi ver do que se tratava. E se espantou. "Brasilino, você endoidou? Pregando às formigas?" Brasilino respondeu: "São Francisco pregou aos pássaros e aos peixes. E eles entenderam. Pois eu vou pregar às formigas e elas haverão de entender." Mas as formigas não ligavam para a aula do Brasilino. Não aprenderam a lição nova. Formiga continua a ser formiga. Continuaram a cortar as roseiras.
Diante do fracasso da pedagogia, Brasilino se lembrou de um recurso inventado pelos humanos chamado "condomínio". O que é um condomínio? São casas cercadas de muros de todos os lados, com o objetivo de impedir a entrada dos criminosos, que ficam do lado de fora. "Farei o mesmo com as minhas roseiras", ele disse triunfante. Ato contínuo tomou garrafas de coca litro, cortou bicos e fundos, fez um corte vertical ao lado e usou esses cilindros ocos como cintas protetoras para os caules das roseiras. "Agora minhas roseiras estão protegidas! As formigas não entrarão!" Pobre Brasilino! Ele não conhecia a esperteza das formigas. Elas sabem fazer túneis, escalar muralhas, passar por frestas, fazer pontes. E quando ele foi ao jardim, pela manhã, viu que as formigas haviam devorado de novo suas roseiras.
Lembrou-se então Brasilino de uma velha estória que relata o feito de um flautista que livrou uma cidade de uma praga de ratos que a infestava. O que foi que o flautista fez? Simplesmente tocou sua flauta! "Ah! A música tem poderes mágicos! Claro, as formigas não entendem a linguagem pedagógica dos argumentos. Haverão de ser sensíveis à magia da música." Comprou uma flauta e pôs-se a tocar o Bolero de Ravel. As formigas reagiram imediatamente. Sentiram o poder da música. Até os bichos têm música na alma. Começaram a mastigar folhas e rosas ao ritmo da música encantadora.
Com o fracasso da música, veio-lhe, então, uma nova idéia: "Se as formigas não podem ser nem conscientizadas pela palavra e nem sensibilizadas pela música, as rosas podem ser. Assim, vou despertar nas minhas rosas o sentimento da não-violência, da beleza da paz. O pensamento tem poder. Se todas as rosas fizerem juntas uma corrente de pensamentos de paz a energia positiva no ar será tão forte que as formigas se converterão..."
Espalhou, pelo jardim, imagens coloridas de paz. Flores sorridentes. Pôs CDs com música sobre rosas, Strauss, Vandré e Caymmi. Tudo, no espaço do jardim, sugeria paz e não violência. Quem visitasse o seu jardim sentia a energia positiva no ar. Mas parece que as formigas não eram sensíveis à energia positiva de paz. Continuaram a cortar as rosas.
Aí ele começou a ter raiva das rosas. "Não compreendo a passividade das rosas! Elas não se defendem! Tinham de se defender! Pois Deus não dotou as criaturas com o direito de defender a sua vida?"
Cobriu então os galhos das roseiras com espinhos pontudos e afiados, facas e espadas que as rosas deveriam usar para se defender das formigas. Mas as rosas não sabiam se defender. Não sabiam usar armas. Eram mansas e desajeitadas por natureza. As formigas continuaram a subir pelos seus galhos sem ligar para os espinhos.
No desespero, Brasilino resolveu tomar uma atitude mais radical, que mesmo contrariava seu sentimento de reverência pela vida: foi para o jardim munido de um martelo e pôs-se a martelar as formigas que se aproximavam das suas roseiras. Mas o número das formigas era imenso. Não paravam de chegar. Matou muitas formigas a marteladas, o que não as perturbou. E havia também o fato de que Brasilino não podia ficar martelando formigas o tempo todo. Precisava dormir. Dormindo, o martelo descansava. E as formigas trabalhavam.
"Já sei!", ele disse. "Apelarei para o Papa. O Papa tem reza forte. Pedirei que ele ore para que as formigas parem de comer minhas rosas" . Escreveu então uma carta para o Papa, expondo o seu sofrimento, e pedindo que ele intercedesse junto aos santos, junto à virgem, junto a Deus... Afinal de contas, as hostes celestiais deviam ter um interesse especial na preservação do jardim, aperitivo do Paraíso.
As autoridades eclesiásticas, de posse da carta de Brasilino, deram a ela a maior consideração, e a colocaram na lista da orações pela paz que o Papa rezava diariamente: paz entre judeus e palestinos, paz entre russos e chechênios, paz entre protestantes e católicos, paz na Espanha, paz na Colômbia, paz no Peru, paz na África... Era uma lista enorme. O Papa orou mas nada mudou. Os homens continuaram a se matar e as formigas continuaram a cortar suas roseiras.
De repente ele ouviu uma voz que o chamava. Era a voz do seu vizinho, que contemplava tudo em silêncio. "Eu tenho uma solução para o seu problema com as formigas, sem que você tenha de matar as formigas."
Brasilino se espantou: "Como?"
O vizinho explicou: "Você acha que as formigas são criaturas de Deus. Sendo criaturas de Deus têm direito a viver. Você está em boa companhia espiritual. Homens como São Francisco, Gandhi e Schweitzer também sentiam reverência pela vida." Brasilino ficou feliz ao se ver colocado ao lado desses santos.
Seu vizinho continuou: "Mas isso que você diz para as formigas deve valer para todas as criaturas. Certo?" "Certo", concordou Brasilino.
"Então, por que você não traz um tamanduá para morar no seu jardim? Tamanduás também são criaturas de Deus. E adoram comer formigas! Para isso têm uma língua fina e comprida, que entra até o fundo dos formigueiros! Para o tamanduá, comer formiga não é pecado; é virtude!"
E foi assim que o Brasilino, sem desrespeitar suas convicções espirituais, trouxe um tamanduá para viver no seu jardim.
E o tamanduá engordou, as formigas sumiram, o jardim floresceu e o Brasilino sorriu...
Moral da estória: Quem quiser se livrar das formigas e manter uma consciência tranqüila, que compre um tamanduá...
Rubem Alves
O texto acima foi extraído do jornal "Correio Popular — Revista Metrópolis", de Campinas (SP), onde o escritor mantém coluna bissemanal.
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