terça-feira, 28 de junho de 2011
Canção do vento e da minha vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores…
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas…
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.
O vento varria os sonhos
E as amizades…
O vento varria as mulheres…
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos…
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
Manuel Bandeira.
Trova
Canção do dia de sempre
Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
Mario Quintana
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Canção de inverno
Cai a neve, de mansinho...
Cai a neve em meus cabelos,
Que eram de ouro e são de luar.
Altas torres de castelo...
Cai a neve, de mansinho,
Para os sonhos sepultar.
Cai a neve... tão de leve!
No meu rosto, brando e brando,
Será a neve resvalando.
Ou é o pranto a deslizar?
Helena Kolody
O inverno
É inverno.O vento, o frio trazendo...
O sol, até abdica de lutar e parece,
Olhar tímido a névoa que cresce,
Subindo dos lagos e rios.Fazendo...
Tudo nos parecer triste e sombrio.
O inverno, vindo de todos os lados!
Abraça-nos e nos faz enregelados,
Encolhidos, e tristonhos E do frio...
Somente nos livramos abraçando,
(Tentando num só corpo se tornar!)
A pessoa amada.E, assim negando...
A lei que diz: Duas pessoas, não
Podem o mesmo espaço ocupar!
(A não ser com muito frio e paixão!)
Pedro Paulo da Gama Bentes
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Aula de tango
Ir para aula de tango numa segunda-feira e dançar Calambre tendo como espectadora minha querida filha Ana Carolina não tem preço.
Para todas as outras coisas existem os cartões de crédito.
Nana Pereira
Para todas as outras coisas existem os cartões de crédito.
Nana Pereira
domingo, 19 de junho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
Poema Transitório
(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!
... no entanto
eu gostava mesmo era de partir...
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas.
Mário Quintana
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